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miércoles, 17 de agosto de 2011

Entrevista Técnica sobre Pecuária Australiana


Hoje entrevisto o Eng. José Rafael Urdaneta Parabi, venezuelano e engenheiro de produção egresso da Universidad de los Llanos Occidentales Ezequiel Zamorra – UNELLEZ, em Guanare, Estado Portuguesa – Venezuela. Nosso entrevistado também possui especialização em Gerência Agro-empresarial, realizada na Universidad de los Andes – ULA, em Mérida – Venezuela; Estudos Técnicos em Genética Bovina pela Universidad Lisandro Alvarado; e por fim é também especialista em Bio-segurança em Unidades Agropecuárias realizada na Universidade de Queensland, Autrália.
Dedicou-se à produção pecuária de carne como também na produção leiteira nas planícies venezuelanas, especificamente nos estados de Barina, Portuguesa e Cojedes.
Atualmente trabalha com pecuária venezuelana e também é membro do programa de produção animal para o desenvolvimento estratégico do estado de Queensland na Austrália. Tal programa se desenvolveu com a intervenção estatal australiana aportando estratégias como ferramentas para os pecuaristas e agricultores maximizarem suas produções e correlacionar-las com o próprio programa ou outros planos de desenvolvimento nacional naquele país.

GANADERÍA LATINA: Como o sr. Pode descrever a produção pecuária na Austrália ? ENG. JOSÉ R. URDANETA: Para analisar a produção de gado bovino e ovino na Austrália, devemos considerar a Austrália como o gigante do Pacífico, que produz e abastece o maior mercado do planeta: a Ásia. São aproximadamente 700 milhões de seres humanos que necessitam ser alimentados diariamente e que planejam seu futuro e seu abastecimento avaliando os custos constantemente.
A Austrália nas últimas duas décadas voltou a figurar nos índices zootécnicos de produção como o primeiro colocado na produção e exportação de carnes (bovina, ovina, caprina), leite e seus derivados, como também em cereais e oleaginosas.

GANADERÍA LATINA: Como é o clima na Austrália?
ENG. JOSÉ R. URDANETA: Por outro lado deve-se considerar que as boas condições australianas se prestam para ponderar-la como uma das pot6encias mundiais em produção animal por apresentar um amplíssimo território apto para os trabalhos dentro do conceito de “Agriculture Mind”.
O estado de Queensland apresenta um clima com características da zona tropical e subtropical onde só ocorrem duas estações durante o ano, que por sua posição austral possui grande amplitude térmica registrando elevadas e baixas temperaturas sincronizadas nas quatro estações porém sem a presença de neve.
Nos outros estados australianos como New South Wale, Victoria South Australia, Tasmania e Western Australia aí sim há um predomínio maior das diferenças sazonais em função das quatro estações, o que permite o desenvolvimento de outras estratégias muito comuns na Europa e no caso da América latina, em países como: Brasil, Argentina e Chile (ensilagem, feno,etc)
Vale destacar que atualmente, como todos sabemos, em função das alterações provocadas pelas Mudanças Climática, estas estratégias seguem sobre forte planejamento constantemente, uma vez que a Austrália não esteve isenta nem imune a desastres naturais, onde podemos citar como exemplo o problema com as recentes inundações.

GANADERÍA LATINA: Sobre quais projetos o sr. Pode nos comentar para que possamos aprender um pouco mais com a experiência australiana?
ENG. JOSÉ R. URDANETA: então vou comentar sobre um projeto do qual afortunadamente participei junto com a equipe da Universidade de Queensland, onde se avaliou no South, North e central Queensland as unidades de produção criando-se então os planos de bio-segurança agropecuários antes e depois da execução do programa do convênio China – Austrália para produção e comercialização de carne e leite. Igualmente esteve envolvida a Universidade da Tasmania uma vez que o estado da Tasmania se detaca na “Milk Production” e o de Queensland em “Beef Cattle Production”.
Nos anos de 2008, 2009 e 2010 a Austrália apresentou um excedente de produção da ordem dos 900 milhões de toneladas de leite e outras 500 toneladas de carne prontas para exportar, sendo a China seu principal cliente comprador, e investindo e assegurando-lhes a este setor australiano mais de 700 milhões de dólares, garantindo assim sua produção por mais pelo menos 15 anos.
Estes parâmetros comercias são manipulados de tal modo a gerar uma base sólida para a produção australiana, e como se pode imaginar tudo se correlaciona direta ou indiretamente à isto.
Igualmente se considerarmos a América latina, perceberemos que este gigante (a Austrália) estende seu foco de ação ou suas linhas de ação penetrando inicialmente no mercado chileno, que está preparando e consolidando programas de abastecimento e intercâmbio.
O estado de Queensland é o líder mundial de “Beef Cattle Production”. Para esquemas produtivos em zonas tropicais e subtropicais desenvolvem a pecuária a partir de raças como Brahma, Angus, Senepol, Herford e Droughtmaster.
Os pecuaristas empregam estratégias de produção incorporando o que em genética chamamos de “vigor híbrido”, desenvolvendo as beneficies deste no cruzamento de duas raças: Boss-Taurus e Boss-Indicus, alcançando parâmetros de produção onde bovinos com 7 meses de idade já atingem um peso médio que varia entre 240 e 245 kg. na fase de “desmamar”, as condições nutricionais e alimentícias que os pecuaristas aplicam ou sustentam como a matéria-prima é de fácil, econômica, e subsidiada condições, são de altíssima qualidade e geram uma idade de abate média em torno dos 22 meses de vida do animal, com um pessoa médio que varia entre 580 a 600 kg. por cabeça, o que garante um rendimento médio que varia entre 60 e 62%.
Para a cria se desenvolvem programas genético se de reprodução baseados tecnologias de vanguarda já bastante conhecidas.

GANADERÍA LATINA: Como venezuelano, o que imprerssinou o sr. E o que o crê que possa ser mudado para melhorara a produção pecuária não somente na Venezuela, mas também em toda a área tropical latina?
ENG. JOSÉ R. URDANETA: como venezuelano me impressionou antes de mais nada o clima de bem-estar no qual você pode desenvolver sua vida, seu trabalho, seus planos, a capacidade de captar apoio incondicional por parte de todos os setores, o espectro em que você na condição de profissional, proprietário, gerente ou um cidadão comum, membro da sociedade civil gera para a nação benefícios que se percebe com qualidade e direitos, e a naturalidade com que a sociedade organizada te estimula a cumprir com os deveres que tens como cidadão.
O que poderíamos mudar e que eu poderia recomendar? ...Hum...Considero que nosso país (a Venezuela) tem u grande potencial e igualmente a América latina estão em condições iguais, mas não em igualdade de oportunidades.
Os esquemas produtivos que aplicamos também são de vanguarda e inovadores, porém o problema fundamental aqui é a diferença que existe entre custos – produção – produtividade, e quando penso nisso me restrinjo ao caso da Venezuela.
No se cria um Estado fiel e comprometido a cumprir com os esquemas de planos e esttratégias de desenvolvimento, não existe comparação ou equilíbrio entre o mercado nacional venezuelano e os parâmetros internacionais, consequentemente para nós venezuelanos é 5 vezes mais difícil que aos australianos produzir um quilo de carne ou um litro de leite. Pontualmente na Venezuela, sob minha ótica, analiso que não é que não podemos ou não estejamos em condições de, mas sim que nosso entorno, o que nos molda, por assim dizer, para citar um exemplo, vamos aos índices de produção de muitíssimos produtores venezuelanos, incluindo-me a mim, são de comparação internacional porém o que você obtém ao abater um animal aos 20-22 meses com peso médio entre 550-600kg por cabeça, se quando ao comercializar-lo te pagam um preço por quilo 1/3 menor que o preço internacional da carne, comparado ao preço que o governo venezuelano paga ao Brasil, Uruguai e Argentina, subsidiando assim os produtores estrangeirosenquanto aqui quem nos subdisia é a providência.
Me aterei ao ano de 2005, antes de ir-me à Austrália, quando com a venda de uma vaca de descarte eu comprava os 4 pneu do meu carro e hoje em dia tenho que vender 4 vacas porque um pneu custa o que vale essa vaca.
Se poderia implementar uma verdadeira correlação do espectro econômico sobre o setor produtivo para que se consiga gerar esse mesmo bem-estar que se vive na Austrália.
Outro ponto importantíssimo é desenvolver e fomentar nossas próprias tecnologias sem depender tanto do quem vem do exterior, mas bem, igualmente o setor de desenvolvimento tecnológico está igualmente comprimido assim como o setor primário.
É difícil, porém deve-se ter confiança e crença em tudo que fazes, onde quer que seja que você esteja.
De verdade, suas perguntas foram bem amenas e agradáveis e me encantou conceder-lhe esta entrevista. Espero ter contribuído de forma positiva!
Um grande abraço a todos.

GANADERÍA LATINA: Nós do Blog Ganadería Latina te agradecemos muito por compartilhar conosco e com nossos seguidores esta experiência tão relevante






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