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viernes, 10 de junio de 2011

Que tecnologias poderiam “recuperar” os pastos degradados?

Devemos inicialmente, partir da premissa de que estes pastos têm possibilidades de serem recuperados.
Por definição, o pasto degradado possui um sistema onde suas raízes das plantas estão debilitadas e com um nível de reservas orgânicas baixas. É fato que neste estado, as plantas diminuem seu volume no solo e por conseqüência sua capacidade de absorção de água e nutrientes. Portanto, a ação inicial a ser tomada, de acordo com Silva, ESALQ-USP, 2010 é:

·         Recuperar o sistema de raízes das plantas e sua capacidade de absorver água e nutrientes, princípio básico para assegurar o crescimento, e rebrote e a produção de forragem 

b. As ações de manejo que permitem alcançar estes objetivos são:
        b.1. Começar pela redução da carga animal, para diminuir a intensidade do pisoteio nos pastos. Desta forma favorece-se o crescimento e o fortalecimento das plantas e suas raízes.
        b.2. Recuperar os níveis básicos de fertilidade do solo. Buscando recuperar o nível de nutrientes necessários para a produção para a produção da capa de cobertura vegetal com a qual se esteja lidando.
        b.3.  Respeitar o tempo de absorção de nutrientes, energía solar e água para a sua recuperação.

Que tecnologias podemos usar para recuperar estes pastos?

Considerando uma degradação média, podemos considerar a integração da agricultura com a pecuária. Onde basicamente as culturas são alternadas com rotação de gado.
Pela rotação de culturas com a produção pecuária, o que se busca é a melhora da relação custo-benefício do crédito de investimento para que o retorno seja maior do que o se tivesse sido investido apenas em pasto para pecuária.
Rotações como o milho e o feijão favorecem uma maior fixação de nitrogênio. Os grãos poderão ser extraídos para venda, ou dependendo do custo, o milho pode ser usado para ensilagem.
A produção florestal integrada, é uma outra alternativa, onde a rotação de culturas tem como objetivo aumentar a concentração de  nitrogênio nas plantas e de carbono o solo.
A fim de fixar o nitrogênio indica-se o plantio de árvores como o Samán(Árvore americana da família das Mimosácea)  em regiões tropicais de baixa altitude, juntamente com pastagem de Leucaena.
Já existem tentativas que buscam recuperar solo erodidos através da integração da produção madeireira com pastos, como pode-se observar nos vídeos que postei há uma semana ( ver vídeo).
Para analisar:
Se considerarmos que alguns países tornaram-se “mais desenvolvidos”na produção pecuária não podemos deixar de ter em mente que isto se deve ao fato de que em algum momento de sua história se viram obrigados a entender e adaptarem:

·         A necessidade de gerar conhecimento e soluções para seus problemas;
·         Como compreender os limites e exigências de cada planta forrageira;
·         Assegurar a estabilidade das comunidades de plantas no pasto;
·         Conhecer o potencial e a capacidade de produção de cada espécie;
·         Definir a extensão possível da resposta animal na pastagem;
Alguns pesquisadores afirmam que o produtor pecuário do futuro deverá ser prioritariamente e acima de tudo um agricultor por excelência, que compreende e conhece a fundo sua principal forragem –  o pasto  – e que conheça  as necessidades básicas de preparação do solo, plantio e compensações.
Que saiba dominar as estratégias de manejo de colheita mais eficientes, e pastagem rotacional para maximizar as espécies forrageiras 

Rubens Pinheiro de Souza
Assessor Técnico Tortuga 
Gabriela Hernandez S.

Obrigada pela visita, para emails informativos escrever a info@ganaderialatina.com


jueves, 9 de junio de 2011

Entrevista # 2 Dr Sila por Tortuga


continuação entrevista de TortugaDr. Sila Carneiro da Silva
Engenheiro Agrônomo
Professor Associado - Departamento de Zootecnia - ESALQ/USP
Brasil
5. A pesquisa, o ensino, a extensão e a indústria estão preparados para esta “nova etapa”, para atender as exigências desta produção “limpa e verde”.
Não totalmente. Alguns dos segmentos citados já vêm se mobilizando e se preocupando com o problema, porém outros não. É preciso uma atuação muito forte no sentido de educar técnicos, produtores, empresários e pesquisadores, ressaltando a importância de que essa é uma nova realidade e que deverá nortear todas as relações comerciais e diplomáticas entre os países no futuro próximo.
6. Quais são as grandes evoluções em relação ao manejo de pastagens tropicais nos últimos anos? Como essa mudança de conceitos poderá contribuir para o aumento de produção e produtividade de leite e carne?
 A grande evolução, no Brasil, foi finalmente compreender que é preciso compreender os limites e os requerimentos de cada planta forrageira para que estratégias de manejo do pastejo possam ser idealizadas e implementadas. Estes limites, conhecidos e respeitados, asseguram estabilidade da comunidade de plantas no pasto e definem a amplitude possível de respostas passíveis de serem obtidas pelos animais em pastejo, tornando claro o potencial e a aptidão de produção de cada espécie forrageira. Não é novidade alguma, uma vez que os países desenvolvidos em pecuária no mundo alcançaram esse status porque em algum momento de suas histórias reconheceram o fato e se ajustaram para gerar o conhecimento necessário, permitindo a geração de soluções específicas para problemas regionais, dimensionadas para a realidade e necessidade do país.
7. Como essas pesquisas podem ser aplicadas em outros países de clima tropical?

A compreensão de “como as plantas funcionam” e sua relação com aspectos morfofisiológicos das plantas permite que o conhecimento possa ser utilizado em diferentes regiões do país e outros países da região tropical, uma vez que o padrão de resposta das plantas não muda. Muda apenas a velocidade dos processos e a magnitude da resposta, função, basicamente, da qualidade do meio onde se encontram (disponibilidade de fatores como água, luz, temperatura, nutrientes). O fato permite generalização de conceitos, de forma que a solução baseada nesses conceitos assuma valores e características específicas para a situação e necessidade de cada país.


8.  No trabalho de Sarmento e outros orientandos seus, como a utilização da altura “ideal” de pastejo e consumo 25% menor de minerais orgânicos resultou em 40% a mais de carne por hectare?

Cada planta possui uma amplitude ótima de manejo, dentro da qual a produção de matéria seca é relativamente estável. No caso do trabalho em questão, com o capim-marandu mantido a 10, 20, 30 e 40 cm por meio de lotação contínua e taxa de lotação variável, a produção de forragem foi estável entre 20 e 40 cm de altura, e o consumo crescente, assim como o ganho de peso dos animais até 40 cm. Contudo, o maior ganho de peso por hectare foi obtido aos 30 cm. Nesse experimento foi avaliado também o consumo de minerais orgânicos pelos animais e o resultado foi que o consumo de minerais foi menor quanto maior foi o consumo de matéria seca dos pastos. No caso dos pastos mantidos a 30 cm, condição em que se obteve o maior ganho de peso por hectare, o consumo de minerais foi 25% menor em relação aos animais mantidos nos pastos de 10 cm, uma vez que houve limitação para a ingestão de forragem. O fato aponta para a importância de conhecer como as respostas de plantas e animais são determinadas pelas condições de pasto geradas no campo, e destaca a situação de que a necessidade de minerais de animais que possuem níveis elevados de ingestão de forragem é reduzida, uma vez que ingerem mais minerais via consumo de pasto.
9. Minerais e vitaminas fazem parte dos nutrientes com grandes benefícios para sistemas intensivos de produção de leite e carne? Muito mais do que apenas para cobrir deficiências, mas sim para aumentar a produtividade de leite e carne, os índices reprodutivos e outros?

Minerais seguramente correspondem a uma necessidade em termos de suplementação de animais manejados em pasto. Mesmo que a forragem produzida seja de elevado valor nutritivo e consumo, ainda existem limitações na ingestão de minerais que só podem ser solucionadas via suplementação, indicando o potencial para o uso estratégico de suplementos minerais.

10.  Alguns pesquisadores dizem que o pecuarista do futuro jamais será o mesmo. Quais serão as exigências em relação ao seu desempenho na produção, administração e segurança alimentar?

O pecuarista do futuro deverá primar pelo fato de ser, acima de tudo, um excelente agricultor, que compreende e conhece sua principal cultura forrageira, o pasto, sendo capaz de idealizar estratégias de manejo que permitam colheita eficiente da forragem produzida, assegurando produção e produtividade animal, de forma rentável e sustentável. Para alcançar essa meta, ele deverá ser um excelente gestor de seu sistema de produção, sensível às necessidades e realidades de mercado, preços e aspectos relacionados com a preservação e qualidade do meio ambiente. Em outras palavras, ele deverá ser um empresário, profissional, capaz de ser flexível e ao mesmo tempo inovador para que tenha sucesso e seja capaz de se manter viável no contexto produtivo.


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